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“O negócio é bom, mas eu desanimei”, dono de bar onde ocorreu acidente em Promissão está passando o ponto

Donizeti Martins, do Doni, do Bar do Doni (Foto: DN)

Donizeti Martins, proprietário do Bar do Doni, diz não ter mais o mesmo prazer de estar à frente de um dos melhores lugares para conversar enquanto se toma uma cerveja gelada e come uma porção, em Promissão. O motivo principal é o trauma ocasionado pelo atropelamento na calçada do estabelecimento, no dia 29 de novembro, que vitimou uma mulher e deixou várias outras pessoas feridas.

Marcela Benedito Paulucci, de 30 anos, era moradora de Avanhandava e, segundo relato de Doni, tinha vindo a Promissão trazer o filho para uma consulta no Hospital Geral de Promissão, pois acreditava que o menino de três anos estava febril. Após o atendimento, ela passou no bar.

Um vídeo obtido pelo Diário mostra a vítima pegando o chope exatamente às 20h48. Ela conversa com o filho de Doni, Diego Martins, no balcão. Eles brincam com o menino, que ganha um doce. Três minutos depois, ela e o filho são atropelados por um motorista bêbado enquanto estavam sentados em uma mesa na calçada.

“Eu estava conversando com ela, na mesa, de costas para a rua. Me contou que era a primeira vez no bar. Uns clientes saíram e fui limpar a mesa. Quando estava ajeitando as garrafas vazias nos engradados, escutei o barulho. Fui para fora e vi tudo. Se acontecesse um minuto antes, poderia ter me acertado”, contou Doni sobre a noite do acidente.

Momento em que a vítima volta para a mesa (Foto: Reprodução/DN)

Duas semanas depois, clientes voltaram, mas o ânimo não

Passadas já duas semanas do acidente que infelizmente marcou o Aniversário de Promissão, os clientes estão de volta ao bar. “Até a polícia veio aqui me dizer que as mesas estavam no local certo e que poderia ter acontecido em qualquer lugar, que foi uma fatalidade. Mas eu desanimei de uma tal maneira que não consigo mais. Sempre achei que era um cara forte, mas descobri que não sou”.

Ele não tem um prazo, mas está certo de deixar o comando do bar. O prédio é alugado, por isso ele espera vender o estabelecimento de porta fechada ou então vai retirar suas coisas e fechará a porta de qualquer maneira. “São quase 25 anos de bar. Eu criei isso aqui do zero. O negócio é muito bom, conquistei muita coisa com ele, mas desanimei”.

Questionado sobre o que fará depois, Doni diz não saber, mas é certo que não vai conseguir ficar parado.

Doni manteve o bar por 25 anos