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| Cartório será onde funcionava o atendimento da CPFL (Foto: DN) |
A situação considerada calamitosa do prédio atual do Cartório Eleitoral de Promissão, somada à ação civil pública movida pelo Ministério Público e às vistorias que apontaram risco tanto para a estrutura quanto para as urnas eletrônicas, levou à assinatura de um novo acordo de cooperação entre o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e a Prefeitura de Promissão.
Trabalho da Justiça
A definição do acordo ocorreu após uma sequência de visitas institucionais e inspeções presenciais que colocaram a situação do prédio em evidência. No dia 20 de agosto, durante a Correição de Ciclo Anual 2025, estiveram em Promissão o corregedor regional eleitoral, desembargador José Antonio Encinas Manfré, o juiz assessor da Corregedoria, Renato de Andrade Siqueira, e o secretário André Luiz Pavim.
Já no dia 9 de setembro, o município recebeu a visita do diretor-geral do TRE-SP, Claucio Cristiano Abreu Corrêa, que assumiu diretamente as tratativas para resolver o impasse. Após a análise das condições do prédio atual e das alternativas apresentadas, avançaram as negociações que envolveram Prefeitura, Ministério Público, Fórum e Tribunal Regional Eleitoral, culminando na definição pela locação de um novo imóvel.
| Problemas de estrutura no prédio atual (Foto: DN) |

Convênio determina responsabilidades financeiras
O acordo publicado no Diário Oficial estabelece que a Prefeitura de Promissão será responsável pelo pagamento do aluguel, impostos e taxas do novo prédio até 31 de dezembro de 2028.Após esse período, a Justiça Eleitoral assumirá integralmente todas as despesas. A vigência do convênio também se estende até essa mesma data. O imóvel possui cerca de 200 m², localização central e foi considerado adequado pela equipe técnica do TRE-SP.
Por que a mudança se tornou inevitável?
O prédio da Avenida Bandeirantes, 711, onde o cartório funciona há anos, apresenta infiltrações severas, rachaduras extensas, forro tomado por cupins, piso solto, danos no telhado, fiação exposta, falhas de acessibilidade e risco direto às urnas eletrônicas, que ficam sob um forro afundado e deteriorado.O relatório da Secretaria Municipal de Obras descreve a necessidade de reforço de fundação, costura de paredes com aço, troca integral do piso e do forro, revisão completa das redes elétrica e hidráulica e desocupação total do prédio durante as obras, uma intervenção de alto custo.
A Prefeitura reconheceu os problemas, mas afirmou não ter recursos imediatos para executar a reforma, o que levou o Ministério Público a ingressar com ação em agosto exigindo a transferência urgente do cartório para outro local adequado ou a reforma imediata do imóvel atual. Com o novo acordo, a ação perde efeito.
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