A Câmara Municipal de Promissão realizará, no fim da tarde desta segunda-feira (27), uma reunião a portas fechadas com diretores da CPFL Paulista.
O encontro, que não será aberto à imprensa, foi agendado após uma sequência de reclamações sobre quedas de energia, lâmpadas queimadas e falhas no atendimento da concessionária na cidade.
A presidente da Câmara, Isabel do Márcio Funileiro (Cidadania), confirmou ao Diário da Noroeste que o Legislativo decidiu dar uma última chance à empresa.
“A Câmara resolveu dar mais uma chance para a solução dos problemas, que são muitos, a gente não aguenta mais e a população também não. Se a gente não conseguir resolver, partiremos para uma audiência pública”, declarou Isabel.
O Diário seguirá monitorando o caso e trará informações sobre os resultados do encontro.
Críticas se acumulam desde agosto
As cobranças à CPFL se intensificaram desde a 11ª sessão ordinária da Câmara, realizada em agosto, quando o vereador Edson Amigão (MDB) classificou o serviço prestado como de “péssima qualidade”. Ele denunciou o aumento contínuo nas contas de energia e as interrupções constantes no fornecimento.
“Todo mês a conta chega mais cara, não acaba nunca de subir”, disse o parlamentar, que também relatou que “quase toda a cidade ficou sem luz” em um fim de semana recente.
Na mesma sessão, Amigão apontou que mais de 4 mil lâmpadas estariam queimadas na cidade e que, por restrições técnicas, a CPFL “não pode mais mexer no braço da lâmpada”, obrigando a Prefeitura a realizar licitação para contratar uma nova empresa de manutenção.
A presidente Isabel e outros vereadores já haviam tentado reuniões anteriores com representantes da concessionária — uma delas, inclusive, cancelada de última hora, após o vazamento de informações sobre a presença de moradores.
Fiação irregular e internet
Além da CPFL, vereadores também cobram providências das empresas provedoras de internet pelo acúmulo de fios e cabos em desordem nos postes da cidade. O vereador Marcão Xexeu (PSD) descreveu a situação como “no extremo, a cidade inteira”, e o vereador Marcelinho lembrou que há leis municipais em vigor que obrigam a remoção da fiação irregular.
“Já tem leis, tem indicações, tem tudo que nós podíamos fazer, nós já fizemos aqui como lei”, afirmou, defendendo que, se nada mudar, o caso deve ser levado ao Ministério Público.
Posição da CPFL
Em nota anterior ao Diário, a CPFL Paulista afirmou que as ocorrências em Promissão foram pontuais e já resolvidas, destacando que fatores externos, como chuvas fortes, quedas de árvores, vandalismo e furtos de cabos, podem causar interrupções momentâneas no fornecimento. A empresa afirmou ainda que segue monitorando o desempenho da rede e avaliando ações preventivas para reforçar a confiabilidade do sistema.
