Recent-Post

Moradores de Promissão preparam Cemitério da Saudade para celebração do Dia de Finados

Solange faz a limpeza no tumulo do marido (Foto: Diário da Noroeste)
 

Esta semana foi de muito trabalho dentro e no entorno do Cemitério da Saudade, em Promissão, na preparação do ambiente para a celebração do Dia de Finados, neste domingo, 2 de novembro.

Prefeitura fez a manutenção no local
(Foto: Diário da Noroeste)
 

A reportagem esteve no local e constatou que a Prefeitura renovou a pintura interna e externa do cemitério, inclusive da capela, onde haverá uma missa solene. Além das famílias, limpadores profissionais de túmulos enfrentaram o forte sol para deixar tudo pronto para o domingo.

Roseli lava tumulos profissionalmente 
(Foto: Diário da Noroeste)

Roseli Oliveira, de 51 anos, trabalha lavando túmulos há 11 anos. Ela contou que tinha a tarefa de arrumar 50 túmulos e comentou sobre o movimento:

“Não é mais como antigamente, quando vinha muito mais gente, mas pela manhã sempre é mais movimentado.”

Marinete e Celso 
(Foto: Diário da Noroeste)
 

 

Há também quem prefira realizar por conta própria a limpeza dos jazigos, como o casal Marinete Langami, de 42 anos, e Celso de Araújo, de 55. Nesse caso, o momento é mais do que trabalho — é também de emoção e memória.

“Neste ano, o Finados vai representar tristeza, porque perdi minha mãe há dois meses”, contou Marinete.

Marino 
(Foto: Diário da Noroeste)
 

 

Em outros casos, a ferida da perda já foi amenizada pelo tempo. Marino Peraro da Silva, de 61 anos, esteve no cemitério para lavar o túmulo do pai, Manoel, falecido em 2008.

“A gente tem saudade. Meu pai viveu muito bem, tinha a cabeça muito boa. Até hoje lembro dele pela casa, nos cantos que ele gostava de ficar.”

Entre as muitas histórias que se encontram no Cemitério da Saudade, está a de Solange de Mello, de 58 anos, que foi casada com Pedro Luna, falecido em 2021. Para ela, a data é marcada por lembranças e emoção.

“Saudade é a palavra que, pra mim, hoje define o Finados.” 

Lidia
(Foto: Diário da Noroeste)
 

O momento também é uma oportunidade de trabalho e renda. A pastora Lídia Rodrigues, de 57 anos, comercializa vasos com flores artificiais há 13 anos.

“A gente vem antes para mostrar aos moradores que passam aqui na frente. As pessoas passam, veem e voltam no domingo sabendo que estaremos aqui. Eu trabalho com até 600 itens todos os anos.” 

Para o padre Breno Rodrigues, pároco da Igreja Santo Expedito, o Dia de Finados é, antes de tudo, um momento de celebrar a vida — comprada pelo preço do sangue de Jesus derramado na cruz.

“Nos unimos para rezar por aqueles que se foram, para implorar a misericórdia de Deus pelos que estão no purgatório em especial, e para lembrar das pessoas que estão no Senhor, na firme esperança de que um dia todos estaremos unidos em Cristo, na Igreja Celeste”, afirmou o padre.